sábado, 8 de dezembro de 2012

Os ataques ao ministério de Walter Veith

Tenho acompanhado desde há alguns anos o ministério do (então) Doutor e (agora também) Pastor Walter Veith. Nunca me interessei muito pela catalogação que lhe faziam – se arauto ou teoricista da conspiração, na maioria dos casos – mas sempre me fascinou o raciocínio arrojado, corajoso, lógico, coerente e indisputado que as suas palestras demonstravam.

Total Onslaught” foi talvez a primeira série de apresentações que o tornaram célebre, nomeadamente entre os Adventistas (nesta altura, ainda não era detentor de credencial pastoral). Os temas apresentados faziam a denúncia – provada, comprovada e não rebatida – de entidades, forças e poderes que controlam e manipulam o mundo, dentro de uma perspetiva escatológica Adventista.

Espantosamente, as más reações a essas palestras do irmão Veith vieram precisamente de dentro da Igreja e não tanto dos diretamente visados.

Mais tarde, a série “Rekindling the Reformation” foi mais voltada para as nossas necessidades atuais de reavivamento e reforma tendo em conta os sérios tempos em que vivemos, e qual deve ser a nossa postura específica e distinta face a tudo isso. Ao seu melhor jeito, o irmão Veith não deixou de demonstrar que os erros estão mesmo entre aquilo que julgamos como inofensivo, até bom ou menos mau.

Pelo meio, assisti a algumas entrevistas e intervenções suas em que pude perceber a visão que o irmão Veith tem da nossa Igreja, do mundo em geral e, especialmente, do impacto que a urgência dos tempos deve ter no nosso proceder e na nossa pregação.

Por isso, rapidamente identifiquei as minhas posições pessoais com aquilo que ouvia do irmão Veith. E continuo a mantê-las assim até hoje.

O facto de ter seguido as suas palestras – não todas, infelizmente – deu-me conhecimento suficiente para perceber que são falsas, mentirosas e mal-intencionadas muitas das críticas que lhe são dirigidas, desde há muito tempo.

Reparei também que surgiram imensas vozes criticando essas apresentações sem apontar em concreto os erros de conteúdo. Neste aspeto, e como termo de comparação, acho que os detratores de, por exemplo, Ellen White, foram um pouco mais inteligentes, pois na sua empreitada contra a mensageira inspirada tentaram denunciar erros de conteúdo, de informação, não se ficando apenas pelo superficial e sem fundamento específico.

Com o irmão Walter Veith vi algo que raramente se vê no nosso meio: a prática da ordem enunciada em Efésios 5:11 “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas; antes, denunciai-as”. Por esta razão, sou um apreciador das suas apresentações que, entre outras vantagens, esclarecem acerca do mundo obscuro que nos tenta constantemente enganar.

Foi por isso com pouca surpresa que tomei conhecimento das acusações que lhe foram dirigidas recentemente na Alemanha, que residem sobretudo na interpretação que se deu, ou pode dar, a duas expressões na língua germânica que o irmão Veith usou, e cujo mérito não pretendo aqui debater.

Reparei que os seus acusadores manifestaram-se chocados com esse suposto mau uso de linguagem que celeremente foi apelidado de antissemitismo, acusação esta mantida mesmo após um destacado líder judaico alemão ter reconhecido que não reconhecia nada de antissemita nas palavras do irmão Veith.

Mas a vaga acusatória continuou e até chegou o mais alto que podia.

Logo, missivas foram enviadas com conhecimento para tudo quanto é autoridade máxima mundial na nossa Igreja, expondo o suposto dano que o irmão Veith tinha provocado à reputação da Igreja. Isto, sem ouvir o que o acusado tinha a dizer, num estilo mais de julgamento sumário do que de honesta averiguação de factos.

Fico a pensar que, como membro, o que eu gostaria de ver era cartas dirigidas à Conferência Geral onde se expusesse o negro e decadente cenário que constitui o estado a que chegaram algumas instituições. Também se podia revelar e debater o caquético crescimento da Igreja no velho continente, especialmente se em comparação com qualquer outra parte do mundo. Igualmente, grande vantagem haveria em incluir nessas cartas descrições das escolhas musicais imundas que são feitas em atividades oficiais. Aproveitando o embalo, explicava-se porque é que publicações que portam o nosso nome fazem propaganda a livros cujos nossos princípios reputam esses escritos como o mais enganador lixo. E por falar em livros, esclarecia-se por que razão os escritos de Ellen White são rebaixados e denegridos em alguns setores, até mesmo quanto à sua simples menção…

Isso é que seria um bom ponto de partida para retificar alguns comportamentos que, esses sim, mancham a imagem que a Igreja deveria ter!

Mas, não; ao que parece, o problema que é preciso combater ferozmente é duas frases de um membro da Igreja, que deve ser acusado e reprendido com toda a severidade, mesmo que os supostos ofendidos não se achem em tal condição, nem qualquer reclamação tenham feito!

Em jeito de quase desabafo, digo que é uma pena constatar que aqueles que deveriam, ex officio, carregar a responsabilidade que o irmão Veith arrojadamente assume, são, de facto, os seus maiores opositores.

E são-no porquê? Vejamos, nos termos da inspiração profética, algumas possibilidades que me parecem bem reais:

“Devemos Calar-nos?
Quando o homem critica seus semelhantes e expõe ao ridículo aqueles a quem Deus escolheu a fim de trabalharem para Ele, não faríamos justiça aos acusadores ou àqueles que são desorientados por suas acusações se guardássemos silêncio, deixando que as pessoas pensassem que seus irmãos e irmãs, nos quais tinham confiança, não são mais dignos de seu amor e amizade. Essa obra, surgindo em nosso meio e assemelhando-se à obra de Coré, Datã e Abirã, é uma ofensa a Deus, e deve ser enfrentada. E cumpre requerer que os acusadores apresentem suas provas sobre cada ponto. Toda acusação deve ser cuidadosamente investigada; não convém deixá-la de modo incerto, e não se deve permitir que as pessoas pensem que pode ser assim, ou não. Os acusadores devem fazer tudo que estiver ao seu alcance para relevar todo indício desabonador que não possa ser confirmado. 

Não Deixar que as Pessoas Creiam Numa Mentira Isto deve ser feito no caso de toda igreja. E quando houver um servo de Deus, a quem Ele escolheu para realizar determinada obra e que durante meio século tem sido um obreiro consagrado, labutando pelas pessoas de nossa fé, e diante dos obreiros de Deus, como alguém ao qual o Senhor escolheu; quando, por alguma razão, um dos irmãos cair em tentação e, devido às mensagens de advertência que lhe foram dadas, fica ofendido, como aconteceu com os discípulos de Cristo, e não anda mais com Ele; quando começa a trabalhar contra a verdade e torna público o seu descontentamento, declarando ser falso aquilo que é verídico, essas coisas precisam ser enfrentadas. Não se deve deixar que as pessoas creiam numa mentira. Elas precisam ser desiludidas. As vestes sujas com que é coberto o servo de Deus precisam ser removidas.” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 349). O que não pode acontecer é, ao bom jeito romanista, obrigar em todo o caso o acusado a retratar-se.

Antes, esclareça-se cabal e concretamente quais são os erros vis que irmão Veith supostamente apregoa. Não fazê-lo, é demitir-se do mais justo e honesto procedimento, ao mesmo tempo que se assume o papel de um carrasco cego cuja única intenção é ferir de morte o que não lhe é agradável.

Algo que, de resto, também estamos avisados:

“Temos muito mais a temer de dentro do que de fora. Os obstáculos à força e ao êxito são muito maiores da parte da própria igreja do que do mundo” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 122).

 No meio de tudo, agradeço ao irmão Veith por não desistir no posto do dever, mantendo-se firme à missão que tem e muitos lhe reconhecem. Quanto ao resto, creio que o tempo que Deus nos conceder tratar-se-á de retirar as dúvidas que possam surgir…

Fonte - O Tempo Final

Nota DDP: Não acompanhei os eventos traçados no texto retro, pelo que não desejo fazer juízo de valor sobre o tema em si considerado, muito embora sabendo da seriedade do irmão Filipe Reis, não possua qualquer dificuldade em subscrevê-lo, no entanto, faço referência ao arrazoado e neste espaço o transcrevo por ter acompanhado de perto procedimento semelhante ocorrido com todos que levantam a voz contra determinadas práticas tidas no mínimo, como politicamente corretas, mas que claramente contrariam a Revelação. O tempo dirá as consequências, a Revelação já o disse, decorrentes dos fatos em tela.

Nas palavras de Jesus: "Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo." (Mateus 23:24). Presta-se atenção demais no mensageiro, procurando no mesmo 'deslizes' para o desqualificar e perde-se o contexto da mensagem, ou ainda, prendem-se à árvore e não vêm a floresta.

Tangenciando o objeto do texto, é óbvio que o Dr. Veith talvez não acerte em tudo que fala (ele é humano!), mas não é menos óbvio que o que fala, no contexto, faz muito sentido.

E era isso, não somente em relação a ele, mas em relação a todos que se colocam na linha de frente em denunciar as trevas, que deveria tomar também a atenção do povo que vive o ápice do conflito.

Nós seguimos a Jesus e foi ELE quem mandou vigiar e orar para não ser presa do engano. Aliás, não houve nem haverá ninguém como ELE, a denunciar as obras do engano, o que nunca se furtou a fazer.
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